AGORA DEIXOPRA VCS MINHA DICA DE FILME QUEM GOSTA DE TERROR MISTURANDO COMEDIA ESSE É UM FILME QUE VALE APENA VER
A estreia de "Pânico" em 1996 mudou o panorama do cinema de horror em Hollywood. O gênero voltou a ficar na moda, a encher os bolsos dos estúdios e apresentou ao mundo a escrita esperta do roteirista Kevin Williamson. Cheios de referências a filmes de maníacos clássicos, diálogos rápidos e flertando com o humor e a ironia, os três filmes da série faturaram juntos US$ 507 milhões e angariaram uma legião fiel de fãs, em especial porque, por mais que tivessem uma postura engraçadinha, continuavam sendo uma fonte interessante de sustos e suspense. "Pânico 4", a retomada da franquia, chega aos cinemas de todo o mundo nesta sexta-feira (15) praticamente sem conflitos: é uma comédia deslavada.
A trama não maquia a linha do tempo e começa dez anos depois de "Pânico 3" (2000), que, se imaginava, ia enterrar a série – apesar de brincar com a indústria do cinema, o roteiro confuso, o único sem a participação de Williamson, havia colocado tudo a perder. No quarto filme, a brincadeira com a metalinguagem continua, agora tirando sarro com as sequências sem fim de filmes de terror – "Jogos Mortais" e "Premonição", por exemplo, entram no pacote para os comentários ácidos sobre a série "Stab" (facada), o filme dentro do filme. As cenas de abertura, como de costume, são um dos pontos altos – atenção para a participação especial de Anna Paquin e Kristen Bell.
De cara já se percebe o tom estabelecido por Williamson e a sensação é de conforto, familiaridade. Os personagens disparam frases inteligentes, sagazes, tem consciência dos estereótipos que representam e até mesmo das frequentes autorreferências de "Pânico" – "porcaria de metalinguagem", reclama um deles. Por fim, chega-se à cidadezinha de Woodsboro e nem parece que uma década ficou para trás. O universo criado pelo diretor Wes Craven, que nunca mais fez nada que preste, está lá, intacto. A famosa voz de Roger L. Jackson, responsável por dar vida ao assassino Ghostface, também.
Após anos de trauma e fuga, a heroína Sidney Prescott (Neve Campbell) está em Woodsboro para encerrar a turnê de divulgação de um livro de auto-ajuda campeão de vendas, em que conta como deu a volta por cima. Seu sucesso provoca o ciúme da repórter Gale Weathers (Courteney Cox, esticadíssima), enfim casada com o xerife Dewey (David Arquette) – está aí a trinca de sobreviventes dos filmes anteriores. Acontece que os amigos da adolescente Jill (Emma Roberts), prima de Sidney, começam a ser mortos e, aos trancos, a turma junta os pontinhos para descobrir que alguém está tentando superar os assassinatos do "Pânico" original. Irritada com a nova onda de crimes, a população e a própria família de Sidney a acusam de ser um "anjo da morte". Está instaurado o frágil drama de "Pânico 4".
Os tempos são os outros, e o filme tira graça disso. O maníaco deixa mensagens no Facebook, todos os personagens – todos – têm seu iPhone e há uma relação forte com a geração web 2.0, ávida por vídeos e informação em tempo real. Isso prova que não foram só os anos que passaram. Junto com os fãs antigos, uma nova geração inteira está pronta para consumir a franquia e, da mesma forma, tem total consciência, talvez até mais, dos truques dos filmes de terror. A solução encontrada por Craven e Williamson foi vestir os clichês sem qualquer vergonha e o resultado é quase um pastiche. As risadas, aí, saem com facilidade.
O xerife Dewey nunca esteve tão pateta e a polícia, o triunfo da incompetência. O ingrediente "gore", a sanguinolência, está intensificada. Os personagens de "Pânico" sabem muito bem que não é inteligente andar sozinho com um assassino à solta e muito menos sair de dentro do carro numa garagem deserta e suspeita, só que agora eles fazem isso com uma inocência incrível. É o pastelão, portanto, ainda mais evidente no desfecho, digno de um final de episódio de "Scooby Doo" e com uma lição de moral medonha.
Fica difícil tomar um susto ou levar as mortes a sério e aí até fazem sentido os fanáticos pela ficção "Stab", que assistem aos filmes torcendo para Ghostface, vibrando com uma faca de plástico na mão – a opressão, o medo, dão lugar à festa, ao "terrir" consagrado por "Todo Mundo Quase Morto". Ainda mais que a autorreferência, marca registrada da franquia, nessas alturas já está no nível do puro deboche. "Pânico 4" é divertido? Sim, não há dúvida. Só não espere um filme de terror, e sim a comédia do ano.
Apartir de agora você vai saber tudo sobre as premiações mais bombadas ,saber os filmes que estão no cinema os games mais esperado pra comprar e jogar os lançamentos da Netflix para cada mês. A partir de agora vou dar dicas de filmes ou séries para assistirmos na tv ou alguma plataforma digital. Quer saber se indicação musical vou continuar dando minha dicas daquele cantor ou musica que acho que vão bombar é só acompanhar meu blog esse ano e saber tudo.veja :
quinta-feira, 14 de abril de 2011
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