terça-feira, 15 de novembro de 2011

ultimo dia do swu

Sucessos dos anos 90 fecham o SWU


Alice in Chains e Faith No More fizeram os últimos shows

Dia do grunge. Dia do revival dos anos 1990. Dia da lama. Dia de carros atolados no estacionamento. Dia em que Peter Gabriel pediu desculpas ao Ultraje a Rigor. Assim foi a segunda-feira (dia 14) que encerrou o SWU 2011. O festival foi montado em Paulínia, interior de São Paulo. E, em seu terceiro e último dia, aconteceu com todos os 70 mil ingressos vendidos - no domingo, foram 45 mil; no sábado, 64 mil.

Se o sábado correu sob sol e no domingo houve pouca chuva, na segunda a lama tomou conta do SWU. Choveu praticamente durante todo o tempo. Assim, boa parte do terreno do evento foi tomada pela lama, como a tenda eletrônica, áreas de circulação e até o estacionamento - carros ficaram atolados.

E se o fato marcante do domingo foi a briga entre Peter Gabriel e Ultraje a Rigor, no dia seguinte o músico britânico divulgou um pedido de desculpas à banda brasileira. Responsabilizou um técnico de sua equipe pela confusão que teve até troca de socos no palco.

Mas o dia foi, também, de conhecidas bandas roqueiras. Como o Black Rebel Motorcycle Club, que fez seu primeiro show no Brasil. A banda dosou bem momentos lentos, densos, com outros enérgicos e tomados por hits.

O trio irlandês Ash também estreou em solo brasileiro. Agradaram ao relembrar hits dos anos 1990, como "Girl from Mars", "Kung Fu" e "A Life Less Ordinary".

Um dos momentos emocionantes da segunda-feira foi o show do Sonic Youth, uma das principais bandas alternativas do rock. Guitarras distorcidas, microfonias e barulho à exaustão foram os ingredientes da apresentação - que pode ter sido a última do grupo, já que o guitarrista Thurston Moore e a baixista Kim Gordon se separaram.

A veterana banda Primus acertou em misturar rock progressivo com um potente baixo suingado. O baixista Les Claypool é um exímio músico, e usa seu virtuosismo a serviço do bom andamento do show.

O Stone Temple Pilots iniciou a sessão grunge da noite. A banda tocou faixas de seus discos "Core" (1992) e "Purple" (1994), mas começou o show de forma burocrática. O clima só melhorou a partir da segunda metade da apresentação, quando o entusiasmo do público parece ter motivado os músicos.

As guitarras pesadas e lentas do grunge continuaram a ser ouvidas na extensa apresentação do Alice in Chains. Mas o grupo mostrou que não conseguiu superar a morte do vocalista Layne Staley (morto em 2002). Seu substituto, William DuVall, não tem carisma suficiente para fazer os fãs esquecerem de Staley.

Com intromissões literárias e participação do coral de crianças de Heliópolis, o Faith No More encerrou a terceira noite de apresentações do SWU 2011. Como era certo, a banda mais aguardada da noite não precisou se esforçar para agradar aos presentes com hits como "Epic" e "Easy". Um encerramento luxuoso.
Debaixo de chuva, Simple Plan empolgou com muitos hits
E fez-se a lama. O terceiro e último dia de shows do New Stage, palco alternativo do festival SWU, começou uma hora depois do previsto e imerso em um lamaçal. A chuva fina e inconstante também deu o tom e as inúmeras camisetas do Simple Plan, banda que tocaria no fim da noite, foram protegidas por capas plásticas.
Pouco depois das 15h, a banda nacional Medulla deu início à maratona de apresentações com o que chama de Movimento Barraco (conceito de pseudo-rebeldia que também dá nome a uma de suas músicas). Com letras como “o mundo em uma casca de noz”, os cariocas provam que estamos chegando em 2012 e ainda há quem toque nu-metal. Houve aplausos. 
Novamente, como aconteceu nos outros dias, o som da tenda eletrônica vazava para o New Stage durante as transições de músicas e shows.
Em seguida veio o Ash e seu punk pop. O público deu uma agitadinha, as mocinhas cantaram junto e até arriscaram alguns air-guitar em canções como ‘Girl from Mars’, ‘Arcadia’ e ‘Shining Light’ – esta dedicada ao piloto Ayrton Senna pelo vocalista Tim Wheeler, seja lá por qual motivo.
Depois foi a vez do Pepper, banda claramente influenciada pelo Sublime, este que tocou na edição de 2010 do festival. O rock psicodélico do Black Angels continuou a programação, com mais meia hora de atraso na conta do palco, um baixo potente, alguns fãs na platéia e imagens “viajantes” no telão.
O público jovem, com alguns teens acompanhados pelos pais, foi bastante receptivo à salada musical que a curadoria do dia escolheu. Aprovou o Bag Raiders, duo electro que fez um animado live-set com músicas como ‘So demanding’ e ‘Start Over’, e agitou com o performático Miyavi, que apresentou um rock dançante em inglês e japonês.
E o Crystal Castles?
Às 22h30, uma hora e meia após a programação original, o duo Crystal Castles subiu ao palco e dividiu os fãs que aguardavam ansiosamente pelo Simple Plan. Alguns abraçaram o eletrônico do grupo, outros não viam a hora de acabar – e pediam pelo fim da curta apresentação de meia hora, com músicas como ‘Suffocation’ e ‘Black Panther.
É difícil descrever o que os canadenses fazem no palco. Além de não autorizar que a imprensa fotografasse ou filmasse o show, ele foi feito com um jogo de luz colorido que permaneceu apagado por diversas vezes. A vocalista Alice Glass pula, dança, se joga no chão, chuta o pedestal do microfone para fora do palco e se pendura na grade, conseguindo animar a platéia, mas não dirige nenhuma palavra ao público.
O Simple Plan, a chuva e o bis
E finalmente chegou a vez do Simple Plan tocar para seus fãs, que esperavam na grade desde o começo do dia e viram o show inteiro embaixo de uma chuva incansável.
A banda liderada por Pierre Bouvier encerrou as apresentação do New Stage com fôlego. Começaram com ‘Shut Up’ (com ‘I Gotta Feeling’, do Black Eyed Peas, no meio) e seguiram com hit após hit, como ‘Jump’, ‘When I’m Gone’ e canções do disco lançado em 2011, ‘Get Your Heart On!’. Em ‘Can’t Keep My Hands Off You’ o vocalista dá uma provocadinha nas fãs adolescentes e sobe a camiseta para mostrar um tanquinho razoável.
Bem ensaiada,a banda sabe como mexer com o público. Além do vocalista usar uma camiseta do Brasil, os integrantes pulam, apontam para os fãs, jogam suas palhetas e pedem para todo mundo cantar junto, sendo sempre prontamente atendidos.
Depois de puxar coros em ‘Addicted’, ‘You Suck at Love’ e ‘Astronaut’, um medley de hits pop alheios com ‘Fuck You’, do Cee-Lo, ‘Dynamite’, do Taio Cruz e ‘Raise Your Glass’, da P!nk empolgou o público, mas não tanto quanto as canções próprias. Após o medley, o baixista David garantiu a felicidade de uma fã: simpático à camiseta da garota, com os dizeres “Stop dreaming, start playing”, pediu para que ela subisse ao palco. Ela saiu de lá com um abraço, um beijo e o baixo do ídolo.
A banda continuou com ‘Jet Lag’, ‘Welcome To My Life’ e ‘I’d Do Anything’ e gerou um momento inusitado. Os canadenses deixaram o palco e alguns fãs desavisados, ou novos demais, esqueceram de pedir o bis. Grande parte já estava indo embora quando a banda voltou para finalizar com seu grande hit, ‘Perfect’, entoado com lágrimas e gritos por aqueles que souberam esperar.

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