Sucessos dos anos 90 fecham o SWU
Dia do grunge. Dia do revival dos anos 1990. Dia da lama. Dia de carros atolados no estacionamento. Dia em que Peter Gabriel pediu desculpas ao Ultraje a Rigor. Assim foi a segunda-feira (dia 14) que encerrou o SWU 2011. O festival foi montado em Paulínia, interior de São Paulo. E, em seu terceiro e último dia, aconteceu com todos os 70 mil ingressos vendidos - no domingo, foram 45 mil; no sábado, 64 mil.
Se o sábado correu sob sol e no domingo houve pouca chuva, na segunda a lama tomou conta do SWU. Choveu praticamente durante todo o tempo. Assim, boa parte do terreno do evento foi tomada pela lama, como a tenda eletrônica, áreas de circulação e até o estacionamento - carros ficaram atolados.
E se o fato marcante do domingo foi a briga entre Peter Gabriel e Ultraje a Rigor, no dia seguinte o músico britânico divulgou um pedido de desculpas à banda brasileira. Responsabilizou um técnico de sua equipe pela confusão que teve até troca de socos no palco.
Mas o dia foi, também, de conhecidas bandas roqueiras. Como o Black Rebel Motorcycle Club, que fez seu primeiro show no Brasil. A banda dosou bem momentos lentos, densos, com outros enérgicos e tomados por hits.
O trio irlandês Ash também estreou em solo brasileiro. Agradaram ao relembrar hits dos anos 1990, como "Girl from Mars", "Kung Fu" e "A Life Less Ordinary".
Um dos momentos emocionantes da segunda-feira foi o show do Sonic Youth, uma das principais bandas alternativas do rock. Guitarras distorcidas, microfonias e barulho à exaustão foram os ingredientes da apresentação - que pode ter sido a última do grupo, já que o guitarrista Thurston Moore e a baixista Kim Gordon se separaram.
A veterana banda Primus acertou em misturar rock progressivo com um potente baixo suingado. O baixista Les Claypool é um exímio músico, e usa seu virtuosismo a serviço do bom andamento do show.
O Stone Temple Pilots iniciou a sessão grunge da noite. A banda tocou faixas de seus discos "Core" (1992) e "Purple" (1994), mas começou o show de forma burocrática. O clima só melhorou a partir da segunda metade da apresentação, quando o entusiasmo do público parece ter motivado os músicos.
As guitarras pesadas e lentas do grunge continuaram a ser ouvidas na extensa apresentação do Alice in Chains. Mas o grupo mostrou que não conseguiu superar a morte do vocalista Layne Staley (morto em 2002). Seu substituto, William DuVall, não tem carisma suficiente para fazer os fãs esquecerem de Staley.
Com intromissões literárias e participação do coral de crianças de Heliópolis, o Faith No More encerrou a terceira noite de apresentações do SWU 2011. Como era certo, a banda mais aguardada da noite não precisou se esforçar para agradar aos presentes com hits como "Epic" e "Easy". Um encerramento luxuoso.
Se o sábado correu sob sol e no domingo houve pouca chuva, na segunda a lama tomou conta do SWU. Choveu praticamente durante todo o tempo. Assim, boa parte do terreno do evento foi tomada pela lama, como a tenda eletrônica, áreas de circulação e até o estacionamento - carros ficaram atolados.
E se o fato marcante do domingo foi a briga entre Peter Gabriel e Ultraje a Rigor, no dia seguinte o músico britânico divulgou um pedido de desculpas à banda brasileira. Responsabilizou um técnico de sua equipe pela confusão que teve até troca de socos no palco.
Mas o dia foi, também, de conhecidas bandas roqueiras. Como o Black Rebel Motorcycle Club, que fez seu primeiro show no Brasil. A banda dosou bem momentos lentos, densos, com outros enérgicos e tomados por hits.
O trio irlandês Ash também estreou em solo brasileiro. Agradaram ao relembrar hits dos anos 1990, como "Girl from Mars", "Kung Fu" e "A Life Less Ordinary".
Um dos momentos emocionantes da segunda-feira foi o show do Sonic Youth, uma das principais bandas alternativas do rock. Guitarras distorcidas, microfonias e barulho à exaustão foram os ingredientes da apresentação - que pode ter sido a última do grupo, já que o guitarrista Thurston Moore e a baixista Kim Gordon se separaram.
A veterana banda Primus acertou em misturar rock progressivo com um potente baixo suingado. O baixista Les Claypool é um exímio músico, e usa seu virtuosismo a serviço do bom andamento do show.
O Stone Temple Pilots iniciou a sessão grunge da noite. A banda tocou faixas de seus discos "Core" (1992) e "Purple" (1994), mas começou o show de forma burocrática. O clima só melhorou a partir da segunda metade da apresentação, quando o entusiasmo do público parece ter motivado os músicos.
As guitarras pesadas e lentas do grunge continuaram a ser ouvidas na extensa apresentação do Alice in Chains. Mas o grupo mostrou que não conseguiu superar a morte do vocalista Layne Staley (morto em 2002). Seu substituto, William DuVall, não tem carisma suficiente para fazer os fãs esquecerem de Staley.
Com intromissões literárias e participação do coral de crianças de Heliópolis, o Faith No More encerrou a terceira noite de apresentações do SWU 2011. Como era certo, a banda mais aguardada da noite não precisou se esforçar para agradar aos presentes com hits como "Epic" e "Easy". Um encerramento luxuoso.
E fez-se a lama. O terceiro e último dia de shows do New Stage, palco alternativo do festival SWU, começou uma hora depois do previsto e imerso em um lamaçal. A chuva fina e inconstante também deu o tom e as inúmeras camisetas do Simple Plan, banda que tocaria no fim da noite, foram protegidas por capas plásticas.
Pouco depois das 15h, a banda nacional Medulla deu início à maratona de apresentações com o que chama de Movimento Barraco (conceito de pseudo-rebeldia que também dá nome a uma de suas músicas). Com letras como “o mundo em uma casca de noz”, os cariocas provam que estamos chegando em 2012 e ainda há quem toque nu-metal. Houve aplausos.
Novamente, como aconteceu nos outros dias, o som da tenda eletrônica vazava para o New Stage durante as transições de músicas e shows.
Em seguida veio o Ash e seu punk pop. O público deu uma agitadinha, as mocinhas cantaram junto e até arriscaram alguns air-guitar em canções como ‘Girl from Mars’, ‘Arcadia’ e ‘Shining Light’ – esta dedicada ao piloto Ayrton Senna pelo vocalista Tim Wheeler, seja lá por qual motivo.
Depois foi a vez do Pepper, banda claramente influenciada pelo Sublime, este que tocou na edição de 2010 do festival. O rock psicodélico do Black Angels continuou a programação, com mais meia hora de atraso na conta do palco, um baixo potente, alguns fãs na platéia e imagens “viajantes” no telão.
O público jovem, com alguns teens acompanhados pelos pais, foi bastante receptivo à salada musical que a curadoria do dia escolheu. Aprovou o Bag Raiders, duo electro que fez um animado live-set com músicas como ‘So demanding’ e ‘Start Over’, e agitou com o performático Miyavi, que apresentou um rock dançante em inglês e japonês.
E o Crystal Castles?
Às 22h30, uma hora e meia após a programação original, o duo Crystal Castles subiu ao palco e dividiu os fãs que aguardavam ansiosamente pelo Simple Plan. Alguns abraçaram o eletrônico do grupo, outros não viam a hora de acabar – e pediam pelo fim da curta apresentação de meia hora, com músicas como ‘Suffocation’ e ‘Black Panther.
Às 22h30, uma hora e meia após a programação original, o duo Crystal Castles subiu ao palco e dividiu os fãs que aguardavam ansiosamente pelo Simple Plan. Alguns abraçaram o eletrônico do grupo, outros não viam a hora de acabar – e pediam pelo fim da curta apresentação de meia hora, com músicas como ‘Suffocation’ e ‘Black Panther.
É difícil descrever o que os canadenses fazem no palco. Além de não autorizar que a imprensa fotografasse ou filmasse o show, ele foi feito com um jogo de luz colorido que permaneceu apagado por diversas vezes. A vocalista Alice Glass pula, dança, se joga no chão, chuta o pedestal do microfone para fora do palco e se pendura na grade, conseguindo animar a platéia, mas não dirige nenhuma palavra ao público.
O Simple Plan, a chuva e o bis
E finalmente chegou a vez do Simple Plan tocar para seus fãs, que esperavam na grade desde o começo do dia e viram o show inteiro embaixo de uma chuva incansável.
E finalmente chegou a vez do Simple Plan tocar para seus fãs, que esperavam na grade desde o começo do dia e viram o show inteiro embaixo de uma chuva incansável.
A banda liderada por Pierre Bouvier encerrou as apresentação do New Stage com fôlego. Começaram com ‘Shut Up’ (com ‘I Gotta Feeling’, do Black Eyed Peas, no meio) e seguiram com hit após hit, como ‘Jump’, ‘When I’m Gone’ e canções do disco lançado em 2011, ‘Get Your Heart On!’. Em ‘Can’t Keep My Hands Off You’ o vocalista dá uma provocadinha nas fãs adolescentes e sobe a camiseta para mostrar um tanquinho razoável.
Bem ensaiada,a banda sabe como mexer com o público. Além do vocalista usar uma camiseta do Brasil, os integrantes pulam, apontam para os fãs, jogam suas palhetas e pedem para todo mundo cantar junto, sendo sempre prontamente atendidos.
Depois de puxar coros em ‘Addicted’, ‘You Suck at Love’ e ‘Astronaut’, um medley de hits pop alheios com ‘Fuck You’, do Cee-Lo, ‘Dynamite’, do Taio Cruz e ‘Raise Your Glass’, da P!nk empolgou o público, mas não tanto quanto as canções próprias. Após o medley, o baixista David garantiu a felicidade de uma fã: simpático à camiseta da garota, com os dizeres “Stop dreaming, start playing”, pediu para que ela subisse ao palco. Ela saiu de lá com um abraço, um beijo e o baixo do ídolo.
A banda continuou com ‘Jet Lag’, ‘Welcome To My Life’ e ‘I’d Do Anything’ e gerou um momento inusitado. Os canadenses deixaram o palco e alguns fãs desavisados, ou novos demais, esqueceram de pedir o bis. Grande parte já estava indo embora quando a banda voltou para finalizar com seu grande hit, ‘Perfect’, entoado com lágrimas e gritos por aqueles que souberam esperar.
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