domingo, 13 de novembro de 2011

swu do dia 12 de novembro

O Black Eyed Peas finalizou o primeiro dia do festival SWU em clima de apoteose, com todos os prós e contras que o termo pode ter. Pelo lado bom, foi uma performance emocionada e com quase todos os sucessos que os fãs poderiam querer. Pelo lado ruim, também se alongou demais e teve exageros que um mínimo de bom senso não deixaria passar.

Apresentação do Black Eyed Peas no SWU 2011 - Foto: Jorge Rosenberg
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Por exemplo, a discotecagem de Will.I.am. Ao resolver atacar de DJ, o líder do grupo acabou com o ritmo da apresentação. A sequência de "Chove Chuva", de Jorge Ben, e "Song 2", do Blur, foi o fundo do poço. Mas o set já estava ruim com a mistura sem sentido de Lady Gaga, Red Hot Chili Peppers, Michael Jackson e Nirvana. 

Outro problema foi o excesso de pausas. O intervalo entre a discotecagem de Will.I.Am e a entrada de Fergie para cantar seu número solo "Big Girls Don't Cry" foi tão grande que parecia que a apresentação havia terminado. Culpa, provavelmente, do tempo que a cantora levou para trocar de roupa e colocar um extravagante vestido vermelho.

Ainda bem que o show teve suas qualidades. O começo, por exemplo, foi uma aula de música pop. Uma boa dose de hits ("Rock that Body", "Don't Stop the Party", "Don't Phunk with My Heart"), presença de palco (Fergie, especialmente, foi perfeita em suas poses e caras) e ritmo. Tanto que a reação da plateia foi a mais animada do dia.

Após o meio confuso e anticlimático, o show voltou a engrenar no final. A receita foi simples: um sucesso atrás do outro, sem enrolação. Depois de restabelecer a ordem com "Pump It" e "Where Is the Love", a banda voltou com um quase perfeito: "Boom Boom Pow", "The Time" e o megahit "I Gotta Feeling". Por que o quase? Porque nem "I Gotta Feeling" merecia uma versão tão longa.

Veredito: com um mínimo de foco, alguns conselhos sensatos sobre discotecagem e uns 20 minutos (ou mais) a menos de apresentação, seria um grande show.

Kanye West marca SWU com show de duas horas

Apresentação megalomaníaca teve dançarinas, cenário grego, lasers e samplers de clássicos



Kanye West é único. A megalomania e a cafonice inundam suas apresentações ao vivo, mas a originalidade e a diversão também estão presentes. Tudo junto.
Kanye West durante sua apresentação no festival SWU - Foto: Jorge Rosenberg
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Na noite deste sábado, West cantou por duas horas no SWU. O palco estava tomado por incontáveis dançarinas, por músicos de apoio e com um cenário rocambolesco que misturava estátuas gregas com laser e luzes laranjas.

Se no início da carreira West estava intimamente associado ao rap (tanto como produtor quanto como vocalista), hoje ele é um cantor pop. O rap está ali, mas dividindo espaço com o rock, com a dance music, com o soul, com o progressivo. Pretensão não é um defeito para Kanye West.
Foto: Jorge RosenbergAmpliar
Kanye West cercado por dançarinas em show do SWU

A apresentação começa com "Dark Fantasy", faixa de seu último disco, "My Beautiful Dark Twisted Fantasy" (2010). É seguida por "Power" e "Jesus Walks" - as duas últimas, grandes momentos, atestam a capacidade de Kanye West como produtor.


Após meia hora, acaba o "primeiro ato". Sim, o show é dividido em dois atos. No "segundo ato", West parece querer mostrar ao mundo que é um cantor e compositor sério, preocupado e incomodado com questões existenciais. O show fica lento, arrastado.

Mesmo com uma carreira já estabelecida, Kanye West não se acomoda. Tenta soltar algo diferente. Ultimamente, tem feito experimentações com voz e arranjos. Em disco, soa interessante. Ao vivo, tira o ritmo do show - abusa muito de vocoders e um riff de guitarra setentista dói no ouvido.

Como vocalista, West é apenas razoável (Jay-Z, com quem vai sair em turnê ainda neste ano, o atropela ao vivo). Mas como produtor ele está entre os melhores. Os beats de "Flashing Lights", "Stronger" e "Runaway" são contagiantes.
Leia também: Assista a clipe da música 'Otis', de Jay-Z e Kanye West

Em "Gold Digger", na qual sampleia Ray Charles, ele interrompe a canção para pedir mais vibração ao público, que após quase duas horas já estava cansado. A apresentação é encerrada pela balada "Hey Mamma". Mas, antes, há ainda citações a "We Will Rock You", do Queen, e "Chariots of Fire", o inesquevícel tema de Vangelis para o filme "Carruagens de Fogo". Kanye West não é fácil.

Snoop Dogg terminha performance no SWU ao som de música do Só Pra Contrariar

Canção do grupo de Alexandre Pires foi a maior surpresa de show preguiçoso




O rapper Snoop Dogg tem uma boa quantidade de sucessos na manga, sejam hits próprios ou participações em músicas de outros artistas. E foi isso que salvou sua apresentação no SWU. Com tantas canções conhecidas, ele nem precisou se esforçar para conquistar o público.

O rapper Snoop Dogg durante seu show no SWU - Foto: Jorge Rosenberg
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A apresentação começou com "Carmina Burana" nas caixas de som e o palco ainda vazio. A abertura deu uma impressão de pompa que o show não teve. Muito pelo contrário: a performance de Snoop Dogg foi tão despojada que chegou a ser preguiçosa.

A produção também foi pobre. Apenas algumas dançarinas, o nome do rapper no fundo do palco e uma iluminação protocolar. De inusitado, só um dançarino usando uma máscara de cachorro.

A sorte é que Snoop Dogg tinha os para se escorar. Foram vários: o primeiro, "P.I.M.P.", já arrancou gritos da plateia. Em seguida vieram "I Wanna Fuck You", "Beautiful", "Sensual Seduction", "Drop It Like It's Hot", "What's My Name" e por aí vai.

Com tantos sucessos, tudo que o rapper precisou fazer foi chamar alguns "hey ho" e mais uns "jump, jump" e o jogo estava ganho. E o melhor: sem perder aquele ar entre irônico e distante que faz parte de sua figura pública.

Ele só saiu de seu figurino blasé quando arriscou alguns passos de samba, já no final do show, ao som de "Minha Fantasia", do Só Pra Contrariar. Foi a bastante para conquistar o público de vez.

No SWU, Emicida faz um passeio pela história do rap brasileiro

Rapper reverencia o passado na primeira apresentação do palco principal do evento



Foto: Jorge RosenbergAmpliar

Com o palco decorado apenas por um enorme pano branco e acompanhado (apenas também) por um DJ, Emicida comandou uma multidão no palco principal do SWU neste sábado.

O primeiro show do espaço começou pontualmente às 15h. Por 45 minutos, Emcida fez uma espécie de passeio pela história do rap brasileiro - e se deu bem. Cantou Racionais, Xis, Thaíde e DJ Hum, Sabotage. Fez citações a Marcelo D2 e, ainda, a Jorge Ben. Puxa o coro: "Eu só quero ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci".
Como um autêntico mestre de cerimônias, rege o público com gestos e com a levada de sua voz.
"E M I C I D A", grita, letra a letra. A multidão repete, com força.
Termina a apresentação com "Triunfo", potente faixa dele próprio. Emicida homenageia e reverencia o passado, mas aponta para o futuro.

"Maconheiro mais famoso do Brasil", Marcelo D2 faz show irregular no SWU

Público vibra com canções da carreira solo, mas músicas do Planet Hemp quebram clima de apresentação



Texto:
"Vou apertar, mas não vou acender agora", dizem os versos de "Malandragem Dá Um Tempo", de Bezerra da Silva, citada por Marcelo D2 durante seu show no SWU. Apesar de devoto, o público parecia não dar ouvidos ao ídolo: espalhados pela frente do palco, a quantidade de fãs acendendo baseados era enorme.

Foto: Jorge Rosenberg
"Sou o maconheiro mais famoso do Brasil", falou em algum momento do show o cantor Marcelo D2
Não é de se espantar. D2 subiu ao palco fazendo um discurso louvando o Planet Hemp, sua banda dos anos 90 que chegou a ser presa por apologia ao uso de drogas. "Sou o maconheiro mais famoso do Brasil", falou em algum momento do show o cantor, que desde o começo de sua carreira apoia a descriminalização da maconha.
Curioso, porém, que justamente as músicas de sua antiga banda tenham sido as menos celebradas pelo público. Não é que ninguém curtisse, mas quando D2 enfileirou a dobradinha "Queimando Tudo" e "Mantenha o Respeito" a quantidade de pessoas cantando as letras era bem menor. A empolgação também diminuiu, quebrando o ritmo de um show até então empolgante. Por mais que tenha ganhado notoriedade com o Planet, D2 hoje parece falar com um público mais afeito à camisa polo.
Foto: Jorge RosenbergAmpliar
O músico Marcelo D2 durante seu show no SWU

A apresentação começou em alta rotação, com "Vai Vendo" e "A Maldição do Samba", ambos do segundo disco solo do músico, "À Procura da Batida Perfeita". O público cantava cada verso como se fosse um mantra. Antes de "A Arte do Barulho", D2 fez a plateia lotada repetir o gesto mais básico de um show de hip-hop, as mãos que balançam para cima e para baixo. O mar de mãos coordenadas formava um momento único.

Aí, pouco antes de tocar as músicas do Planet Hemp, D2 abriu espaço para um longo número de beat box - justamente quando citou Bezerra, a quem homenageou com o disco "Marcelo D2 Canta Bezerra da Silva". O momento foi o primeiro balde de água fria no público, que aparentava não ser muito afeito ao hip-hop. O medley teve até um momento farofa, com a citação do riff e refrão de "Sunday Bloody Sunday".
Perto do fim, D2 começou a chamar diversas participações especiais ao palco, de seu filho Stephan até o rapper Renato Venom. A melhor de todas, porém, foi quando Emicida subiu ao palco, para fazer um improviso durante "Qual É?", a derradeira música do show. Com sua competência habitual, Emicida fez um freestyle que salvou o fim apático de um show que se anunciava muito melhor no começo do que realmente foi.
Bom esses foram os artistas principais confesso que não to falando de todos mais hj eu falo demais pra vcs viu 
fui 

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