Ao longo dos tempos, a Legião Urbana ganhou a fama de "fim de festa" por seus hits sempre dominarem as rodas de violão em reuniões. Nesta quinta-feira (29), o tributo ao grupo de Renato Russo foi responsável por abrir os shows do palco Mundo, que ainda recebe Ke$ha, Jamiroquai, Janelle Monáe e Steve Wonder.
A base instrumental da apresentação ficou por conta da Orquestra Sinfônica Brasileira, que deu roupagens diferenciadas para os hits - ora emocionantes, ora bregas. Após um medley na abertura, que já foi suficiente para empolgar os fãs da extinta banda, o palco foi tomado por Rogério Flausino, do Jota Quest, que acompanhou os remanescentes Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá. O mineiro abriu o show com Tempo Perdido, cantado em coro pelos fãs.
Depois disso, se revezou no microfone Toni Platão, Pitty, Herbert Viana (Paralamas do Sucesso) e Dinho Ouro Preto (Capital Inicial). A roqueira baiana ficou encarregada de cantar uma versão de Índios, enquanto o líder do Paralamas teve a ajuda do público, que não economizou a voz para berrar os refrões de Será.
Outro sucesso da carreira da Legião, Teatro dos Vampiros, também foi recebida com empolgação pelos fãs, que gritaram seus versos cantados pelo baterista Marcelo Bonfá. Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, que também tinha uma relação próxima com Renato Russo, cantou Por Enquanto e falou algumas palavras sobre o amigo.
O trecho final do show contou com todos os artistas no palco, que cantaram Pais e Filhos e retomaram Será. Parte dos músicos vestiu uma camiseta com o rosto de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, morto em 2010 enquanto andava de skate. Essa foi a segunda homenagem no Rock in Rio para o músico. No último sábado (24), os integrantes do Red Hot Chili Peppers também vestiram a camiseta.
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Acompanhada por dois bailarinos, ela segue os passos de estrelas pop como Katy Perry, Britney Spears e Hannah Montana, com as quais já gravou, mas acrescenta um caráter "trash", vindo de bandas underground, como Ssion.
No mais, ela faz um show desses que poderiam animar uma noite de boate, mas um pouco frouxo para ser encarado como um espetáculo em si. Cantando com uma camada grande de efeitos para "afinar" a voz, a cantora abusa de gritinhos e "carões".
Os cenários e adereços de palco flertam com a estética dos filmes de terror B e com o ideário de Halloween. Durante a perfomance de "Cannibal", a cantora dança, rebola com um esqueleto e cospe sangue depois de "abocanhar" um dançarino. Em suas conversas com o público, frases como "queria dar um beijo na boca de cada um de vocês" ou "quero que todos tirem as roupas" fazem parte da apresentação.
Uol
RAPHAEL MESQUITA / PHOTO RIO NEWS |
Surgido em meados dos anos 90, Jay Kay (nome do vocalista) e seu grupo ficaram conhecidos por seus hits dançantes com forte influência do funk e da música negra americana dos anos 70.
O show tem apenas alguns problemas de microfonia, mas que não atrapalham a apresentação. O público acompanha o show com palmas e hits como "Deeper Underground", da trilha sonora do filme 'Godzilla", a mais comentada no Twitter. "White Knuckle Ride" também foi celebrada.
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"The Way You Make Me Feel" ganhou cover em homenagem a Michael Jackson, a segunda da noite (Janelle já o havia homenageado mais cedo, com uma versão de "I Want You Back"). A música é o terceiro single do sétimo álbum de estúdio de MJ, "Bad".
"Signed, Sealed, Delivered I'm Yours" com seus metais e backing deu o ritmo do show. No mesmo pique, "Isn't She Lovely" e "I Just Call To Say I Love You" conseguiram subir a temperatura da plateia. Mais uma surpresa no setlist "You Are the Sunshine of My Life" é anunciada.
Janelle Monáe sobe ao palco para cantar "Superstition" com o músico. O cantor se despede da apresentação de mãos dadas com Janelle e o bis fica por conta de "Another Star", também cantada em parceria com a cantora, numa participação mais do que bem vinda.